O Ministério Público e a Polícia Civil de Goiás investigam práticas criminosas cometidas na época em que João de Deus era prefeito de Água Fria de Goiás
O ex-deputado distrital João de Deus foi preso na manhã desta quarta-feira (21/2) por associação criminosa. Outras três pessoas foram detidas, entre elas, o atual presidente da Câmara de Vereadores do município de Água Fria de Goiás, Roberto Márcio Moraes de Castro.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), e a Polícia Civil realizaram a operação que investiga práticas criminosas cometidas na época em que João de Deus era prefeito do município.
Informações de que os dois outros detidos são o servidor Leonardo Andre Amorim Machado Gomes e o ex-secretário Antônio Carlos. Todos têm ligação com a prefeitura de Água Fria. A prisão temporária tem validade de cinco dias.
João de Deus foi prefeito de Água Fria de Goiás por dois mandatos consecutivos, e, no ano passado, voltou à cena política do DF disposto a disputar a próxima eleição na capital do país. A prisão dele foi decretada pelo juiz Carlos Gustavo Fernandes de Morais, da Vara da Comarca de Planaltina.
Investigação:
As apurações tiveram início em 2015, tendo sido confirmado até agora que a Secretaria de Finanças do município estava sendo utilizada pelos ex-secretários da pasta para a prática de fraudes, consistentes na emissão de cheques em nome de um suposto servidor da prefeitura sem que houvesse, no entanto, o conhecimento desse servidor.
Segundo o MPGO, para legitimar a ação da quadrilha, os investigados forjaram contratos de prestação de serviços e emitiam cheques com base nos valores dos contratos, utilizando, para isso, um servidor da prefeitura como “laranja”, o que possibilitava que os valores obtidos com a compensação dos cheques fossem apropriados pelos envolvidos.
No entanto, as investigações apontaram que, além das fraudes na emissão dos contratos, diversos cheques foram adulterados antes de serem enviados ao MP, com a intenção de legitimar a ação do grupo e justificar os valores pagos ao servidor.
Os documentos fraudados, ainda de acordo com o Ministério Público do Estado, eram emitidos com a assinatura e ciência do ex-prefeito e a fraude contava com o auxílio do contador. Os ex-secretários, conforme verificado nas investigações, atuavam diretamente nos atos ilícitos, assinando os cheques juntamente com o João de Deus e cuidando de todo procedimento para que os valores dos cheques descontados chegassem até eles.
João de Deus foi prefeito de Água Fria de Goiás por dois mandatos consecutivos, e, no ano passado, voltou à cena política do DF disposto a disputar a próxima eleição na capital do país. A prisão dele foi decretada pelo juiz Carlos Gustavo Fernandes de Morais, da Vara da Comarca de Planaltina. Os investigados serão encaminhados ao presídio de Planaltina para que possam ser interrogados na sede do Ministério Público.
Fonte: internet
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