OPINIÃO: Colegas da imprensa..o ‘’Laissez-Fáire’’ ah…o ‘’Laisses-Fáire’’ | RP

Por: Tiago Siqueira (Jornal de Planaltina – Rede Plan)

‘’Os governos passam, os jornais ficam’’
(Assis Chateaubriand).

Confesso que não casou-me espécie alguma o fato de o atual presidente da Câmara de Vereadores ter contratado agência de publicidade de Brasília para a produção de vídeos institucionais ao valor de R$ 160.000,00. De não ter renovado o contrato com algumas empresas de mídia da cidade, incluindo esse jornal. Nada que me assombre ou desperte em mim algum tipo de ciúme ou ranço.

Trabalho na imprensa local há praticamente 20 anos e nesses vai e vens de governos já vi muito colega de profissão se descabelar pela perda de anúncio institucional ou fazer às vezes de bobo da corte, bancando o puxa saco irredutível.
Carlos Lopes Ribeiro, o Carlim Imperador, decidiu por levar à cabo a contratação de empresa de fora. Suscitou burburinho no cenário local e agora encontra-se sob Medida Liminar Judicial, assinada pelo Promotor de Justiça Rafael Simonetti, assim como a empresa citada, colocando a Casa das Leis planaltinense sob os holofotes negativos da municipalidade, além de ter o bens temporariamente bloqueados.

Já assisti à essa novela em tempos idos. Cheguei a trabalhar em órgão que recebia à época, contando com inserções do Governo Federal, do DF etc, mais de R$ 10.000,00 por mês em publicidade institucional. Bacana. Viagens, restaurantes caros, dinheiro na carteira. Mas e daí? Passou a ‘’Bélle Époque’’ e vieram também os dias de vacas magras. Sobrevivemos à todos eles, com a serenidade necessária de quem não se ilude com o obsoleto e vil metal!

Aprendi que os instrumentos de mídia locais devem arvorar-se e fincar suas bases nos reais valores municipais, quais sejam a iniciativa privada e os talentos artísticos, esportivos e regionais. Incluem-se entre os mantenedores da boa iniciativa na cidade, o comércio, os artistas e demais profissionais liberais, esses sim fieis e constantes. O Poder Público? Querem fazer-se donos de seu instrumento, manipular-te e publicar aquilo que apenas lhe bem aprouver. à troca de ínfimas migalhas, disfarçadas de publicidade institucional. Não, não vale à pena esse tipo de humilhação!
Enquanto os revézes da sorte sobrevoam as cúpulas do poder, tais nefastos gárgulas medievais, nós de cá, saboreamos a nossa cervejinha, com a consciência tranquila, aptos à dormitar o sono dos justos, por nunca ter se vendido ou prestado-se à papéis de submissão tácita.

Imagem: reprodução/internet

REDE PLAN aconteceu, virou notícia.


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